Sindicatos alertam para 'buraco' de 86 milhões no orçamento da PSP
Os sindicatos das polícias explicaram aos deputados porque é que a proposta de orçamento para 2011 prejudica a segurança.
A Comissão Coordenadora Permanente, constituída pelos principais sindicatos das forças e serviços de segurança, alertou os deputados dos partidos de oposição para as "graves consequências para a segurança dos cidadãos" a aplicação das medidas de austeridade nas polícias. Em causa está a redução nas despesas de pessoal e a diminuição na verba dos equipamentos, definidas na proposta de Orçamento (OE) para 2011.
O secretário nacional da Coordenadora, Paulo Rodrigues, sublinha que, na PSP, "o caso é grave ao ponto de, a ser aprovada a actual proposta de OE para 2011, se entra já nesse ano com um défice de 86 milhões de euros" e que, "em Novembro e Dezembro do próximo ano, não haverá dinheiro para pagar salários". Apesar deste "buraco" nas despesas com o pessoal "não ser novo", sendo normalmente colmatado "com verbas cativas para o equipamento", desta vez, "tendo sido reduzido também este valor, a PSP terá muitas dificuldades de funcionamento".
Por outro lado, sublinha este dirigente sindical, a verba destinada ao Sistema de Apoio na Doença (SAD) da PSP, para 2011, "não paga a dívida que a PSP tem com a SAD que já vem de 2010, o que pode ser catastrófico". Quando a " SAD não reembolsar os médicos e outros prestadores de serviços de saúde, estes deixam de atender os polícias", afiança.
A Comissão Permanente não percebe "como são estas contas sustentadas" e receiam as consequências para a segurança dos cidadãos. "As instituições vão funcionar a meio gás e vão ser privatizados alguns sectores que, até agora, estavam entregues ao Estado", afirma.
Para o dia 4 de Novembro está marcado um encontro nacional da Comissão, para decidir a adesão à greve geral
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